Estou assistindo toda semana os episódios de Pantheon, série de animação sobre consciência em computadores. Não sou muito fã de animação, com a exceção de animes clássicos como Akira, Ghost in The Shell e similares (como o novo Cyberpunk - MercenáriosCyberpunk - Mercenários
Como adoro o jogo Cyberpunk 2077, não podia perder a série de animação Cyberpunk – Mercenários, da Netflix. É muito fiel ao universo do jogo. Lembra bastante Akira, pela violência, e o traço tem algo também de Dragonball (conheço só…). Mas o roteiro de Pantheon impressiona. Tanto que fui buscar de onde vem essa história tão bem amarrada.
A fonte é o premiado autor de ficção especulativa Ken Liu. Pantheon se baseia nas histórias sobre "a singularidade" do livro de contos The Hidden Girl. Já conhecia Ken Liu indiretamente, pois foi ele quem traduziu do chinês para inglês a trilogia d'O Problema dos Três Corpos (Remembrance of Earth's Past), que me prendeu na poltrona por várias semanas, há uns dois anos.
Então comecei a ler a última coleção de histórias de Ken Liu: The Paper Menagerie. Só li dois contos até agora, mas já posso dizer que são extremamente instigantes, como as histórias de Ted Chiang ou até a fantasia de Jorge Luis Borges, que te deixam pensando no assunto por mais tempo que a própria leitura.
Não é à toa que o conto título desse livro foi tão premiado. Esperava ficção científica, mas não é. Basicamente é um drama daqueles de destroçar o coração sobre sociedades despedaçadas, imigração e família, com elementos fantásticos. Quem viveu (ou sabe) o que é crescer como imigrante em outro país, e como isso afeta profundamente as relações, vai ver a vida refletida nessa história.