Red Rooms (2023), do diretor canadense Pascal Plante, é um thriller perturbador sobre a fascinação por crimes horríveis.
Começa como um filme de tribunal, intenso e lento. Outros elementos se misturam, como hacking e distúrbios mentais. Então, uma insanidade hipnótica começa a se insinuar e acumular, até o clímax.
Duas jovens de Quebec (onde se fala francês) estão obcecadas com o julgamento do acusado por uma série de crimes sexuais hediondos, de imensa cobertura midiática. O streaming ao vivo dos assassinatos chegou a ser vendido na dark web.
Uma das jovens identifica-se apaixonadamente com o réu. A outra tem habilidades matemáticas (que explora em jogatina online) e de hacking (que usa para obter material desse submundo), sendo enigmaticamente fria.
É uma história desconcertante menos sobre os crimes em si, e mais sobre ir fundo demais nesse tipo de obsessão, que é bastante interdependente com a espetacularização midiática do horror.