Semana passada estreou The Peripheral, série baseada no romance de mesmo nome de William Gibson. Para fãs de cyberpunk, é um banquete.
Confesso que comecei a ler o livro há uns meses e abandonei. Não que seja ruim, mas não é dos livros mais fáceis de Gibson. Leva um bom tempo simplesmente para entender quem é quem, o que está acontecendo e o que significam um monte de palavras novas. Então arquivei para, se a série valer a pena, ler depois.
Eu tinha lido tudo do W. Gibson até mais ou menos 2002, parando em Pattern Recognition. Suas histórias foram ficando cada vez menos cyberpunk, mais contemporâneas, realistas e… legais! Já The Peripheral é uma volta às origens delirantes.
Snow Crash
Falando em cyberpunk e livros abandonados, tentei ler o maior clássico cyberpunk depois de Neuromancer (também de Gibson): Snow Crash, de Neal Stephenson. Ontem, acabei desistindo nos 15%.
Longe de ser ruim. Stephenson realmente parece um mestre da ficção especulativa, mas como é algo de 30 anos atrás, deu uma boa envelhecida. Boa parte das páginas é só construção de mundo, que soa bem retrô hoje. Neuromancer também caiu um pouco nessa, mas sobrevive hoje muito melhor, por não ter focado tanto em descrições técnicas.
Andor
Falando em tecnologia retrô na ficção, eu sempre acho um barato aquelas telas VGA monocromáticas e os enormes botões de plástico que até hoje precisam ser recriados no universo Star Wars. Aquele painel de controle que o Darth Vader tem pendurado no peito é hilário! Continua lá, mesmo nos recentes Obi Wan ou Jedi: Fallen Order (game).
Mas essa ligação com Star Wars é para falar sobre Andor, que depois de um começo meio morno, ficou irresistível.
Só é uma pena que a maioria do público considere a dimensão política de Star Wars apenas como entretenimento. Como diz o nome de uma das bandas instrumentais que mais gosto — Collapse Under The Empire — estamos sendo aniquilados por esse império que permitimos que exista.
Viva a rebelião!