Estou numa maratona dos livros sobre filosofia idealista de Bernardo Kastrup. Faz tempo que partilho do idealismo — a noção de que a natureza da realidade é mental, e de que a matéria é uma aparência — e a formulação de Bernardo foi a melhor que encontrei.
Vou começar agora Decoding Schopenhauer’s Metaphysics. Abaixo estão os que terminei, em ordem de preferência:
The Idea of The World (2019) — Comentei esse livro aqui: Tudo é menteTudo é mente
Esse é um dos melhores livros de filosofia que peguei nos últimos anos: The Idea of The World, de Bernardo Kastrup. É uma formulação sistemática e moderna do "idealismo", a ancestral ideia de que a natureza da realidade é mental,…. Esse é o mais acadêmico, portanto, o mais sólido na argumentação. É o meu preferido. Talvez porque passa a impressão de que a visão do autor foi se polindo ao longo dos anos, resultando em algo mais elegante do que as exposições dos livros anteriores, apesar da formalidade acadêmica.
Why Materialism is Baloney (2014) — Esse é mais ou menos como o anterior, mas num estilo mais fluído e menos formal.
More Than Allegory (2016) aborda a "realidade" dos mitos religiosos no contexto do idealismo — essas histórias são metáforas para a natureza da realidade. E, no final, Bernardo cria um mito contemporâneo na forma de uma ficção científica filosófica e muito psicodélica. Sensacional!
Decoding Jung's Metaphysics (2021) — Como o título já alerta, esse é mais para quem aprecia muito Jung (como eu!), sendo talvez um pouco cansativo para outras pessoas. Ao examinar minuciosamente a obra do psicólogo pioneiro, Bernardo demonstra como ela se alinha perfeitamente com o idealismo.
Rationalist Spirituality (2011) — Discordo do argumento central desenvolvido nesse livro (e outros do autor), a de que o propósito da consciência em seres vivos seja a de "enriquecer o universo", mas apreciei bastante a reflexão. Devido a algumas crenças e experiências, imagino que a "grande mente cósmica" não precisa de nós para ser "enriquecida". Acho essa ideia de que "o universo desperta na consciência humana" muito antropocêntrica. No final, isso não é muito diferente de se colocar no centro do universo.