Spill (2024, 111 pgs.) é uma novela (intermediário entre conto e romance) cyberpunk contemporânea no universo da série Little Brother, de Cory Doctorow.
Como sou fã da trilogia1, foi uma alegria ter de volta o hacker-ativista Marcus, além da organizadora de protestos Tanisha, personagem de Attack Surface (2020), o terceiro volume.
Ao longo da série, Marcus cresce — os dois primeiros volumes são voltados ao público juvenil e, no terceiro, ele já é adulto. Em Spill, no tempo livre entre freelances como consultor de segurança digital, Marcus configura um parrudo servidor pessoal no datacenter de um amigo hacker, que ironicamente termina hackeado e sequestrado como um vetor para ataques de ransomware.
Em uma história paralela que se interliga, um movimento de desobediência civil em protesto às corporações de combustível fóssil causando destruição na California está sendo acusado de terrorismo e ciberataques, sofrendo violência e repressão brutais.
É um thriller vira-páginas sobre ativismo, emergência climática e hacking, refletindo de modo inteligente, envolvente e inspirador a distopia que adentramos.
A novela pode ser lida online ou adquirida por US$ 1,99.
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Além da Trilogia Little BrotherTrilogia Little Brother
Terminei recentemente de ler a trilogia de Cory Doctorow composta por Little Brother, Homeland e Attack Surface. Eu tinha certo desinteresse porque os dois primeiros são classificados como juvenis. Mas depois de me encantar com Walkaway, também de Cory D.,…, há mais três histórias menores que ainda não li: Lawful Intercpetion (2013), Force Multiplier (2020) e Vigilant (2024). ↩