Geralmente não compro games novos, são muito caros. Duas exceções foram Cyberpunk 2077 e God of War.
Cyberpunk foi o jogo responsável por eu voltar a jogar games, há pouco mais de um ano. Estava afastado desse universo há uns 15 anos. Como eu peguei esse jogo mais de um ano depois do lançamento precoce, não tive problema com bugs. Na verdade, acho que é um tipo de obra prima.
God of War (a versão para PC de 2022) eu terminei recentemente. Outra obra prima. Chamar games de arte soa controverso, especialmente blockbusters como esses dois. Seria como pegar um desses filmões de super-herói e dizer que é arte. Talvez seja, mas se parecem mais com produtos de linha de montagem, para consumo em massa, tipo coisa barata de plástico.
Já a experiência de imersão que jogos como esses provocam é muito mais intensa que cinema. Os roteiros já não ficam devendo nada aos bons filmes. E não é só um jogo. Há uma dimensão emocional extremamente envolvente (uma piada comum nos fóruns é elogiar um game dizendo que ele acabou com um relacionamento). Chega a bater um vazio quando o jogo termina.
Apenas três games me provocaram essa sensação. Esses dois e a trilogia Mass Effect, que joguei um atrás do outro.
Games são um troço complicado, porque nos fazem jogar mais do que gostaríamos. É uma manipulação desgraçada! Em nome do lucro. Mas, ao mesmo tempo, confesso que viver uma saga como a de God of War lava a alma.